A selva é uma mulher tropical:
quente e úmida,
perigosa
e misteriosa,
sobretudo para os meninos,
que, atraídos pelo desconhecido,
embarcam nesta jornada sem fim,
passando por animais peçonhentos,
por feras selvagens;
algumas, bestiais;
outras, dotadas de beleza rara;
animais singelos como os pássaros;
árvores gigantescas e suas frutas silvestres,
convidativas para todos os pedestres.
A selva tem ainda sua versão temperada, a floresta,
um lugar frequentemente associado a encantamentos,
personificada na forma de fada ou de bruxa.
Um verdadeiro convite à imaginação,
à solidão,
ou à apreciação da própria solicitude,
em meio à natureza,
da qual fazemos parte,
e para onde voltaremos ao fim de toda esta jornada:
um mar de perigos, desafios e seduções,
que pedem precauções.
Mas também é recheado de amor,
pois é onde a vida se iniciou,
onde animais se amam,
flores morrem e renascem, sempre vívidas.
O lugar sagrado de onde viemos,
temido pelos meninos
e reverenciado pelos homens:
a natureza,
uma mulher,
sempre grandiosa
em sua mais perfeita forma.
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