O Espadachim de Carvão, do carioca Affonso Solano, foi o primeiro livro de fantasia escrito por um autor brasileiro que cheguei a ler.
A história se passa no universo inédito de Kurgala, uma terra abandonada por quatro deuses. Adapak, o protagonista, é filho de um deles. Existe uma trama para assassiná-lo, cujas razões são desconhecidas.
Logo o rapaz se vê forçado a abandonar a morada do pai para sobreviver, vagando pelos cantos do mundo, conhecendo as criaturas peculiares que tanto estudou, em um processo continuo de fuga e descobertas.
Sua ingenuidade, resultado de seu longo isolamento, sob os cuidados do pai, é desafiada. Adapak precisa descobrir quem são seus amigos e quem são seus inimigos, o que não será nada fácil.
O começo do livro é empolgante, mas lá pelo meio o autor parece perder um pouco o fio da meada, e a narrativa fica arrastada.
Personagens que poderiam ser mais aprofundados não os são. Gostei muito mais da riqueza e originalidade do universo de Kurgala do que da história em si, o que talvez indique que o livro não cumpre bem o seu papel.
O final, no entanto, vale a pena, é surpreendente e levanta várias questões.
Gostei do livro, mas esperava muito mais, muito mais. De qualquer forma, fica a indicação de leitura!
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