Eu sigo devagar,
com cautela,
tentando atravessar
aquela estrada cheia de elevações,
repleta das curvas sinuosas
que lhes são próprias.
Desço pelo par de montanhas,
e vejo o rosto
daquela bela moça,
gigante e formosa,
e um tanto perigosa,
olhando para mim de cima,
como se adivinhasse meus pensamentos,
mais do que nunca, atentos
à imensidão e à beleza
de sua forma.
Quão tortuosa é aquela estrada!
Além dos aclives
e declives,
ao fim dessa jornada,
me deparo com uma fenda,
por onde duas estradas se bifurcam
e desembocam em planícies,
ilhadas pelo chão.
Bem lá no fundo, me deparo com minhas origens,
onde o amor brotou
e toda a vida existente no multiverso
se iniciou.
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