“Por que empreendedora e não empreendedor?”,
me questionaria o leitor.
Mas reitero o uso deste termo
no feminino,
em vez do adjetivo neutro,
com grafia e pronúncia no masculino,
que parece ser mais abrangente,
mas aqui
foge do objetivo,
que é esmiuçar, em termos ideais
e, portanto, conceituais,
as características por trás desta figura,
tão presente no nosso imaginário,
o fim último
de todo empresário,
a quem cabe
o direcionamento de suas ações
de modo a alcançá-lo.
Isso implica no contínuo reajuste
à mudança de condições,
que se dá unicamente pela percepção
do aspecto dinâmico da realidade vivida,
movida,
sobretudo,
pelas pessoas,
suas mudanças de hábitos, gostos e costumes.
A mente empreendedora tem então seu objeto de estudo delimitado,
calcado
em captar outras mentes
e satisfazer suas necessidades.
Na Academia da Existência, aprendemos que a vida é feita de necessidades
e que o conhecimento sobre elas
nos levaria a uma vida mais digna e feliz.
As mulheres, geralmente como alunas veteranas,
desde cedo em pleno exercício,
seja no ofício
da intuição, da percepção, da atenção aos mínimos detalhes,
ainda mais quando são mães,
saem à frente da maioria dos homens.
Na Escola da Vida, levantam mais pesos,
pesos que a contraparte masculina,
costumeiramente novata,
se tentasse erguer de primeira,
teria sua musculatura severamente atrofiada.
A nossa vantagem, enquanto homens, está em possuir uma certa agressividade
e assertividade,
também positivas para os negócios,
mas que sempre foram perfeitamente assimiladas
pelas mulheres de mente mais apurada,
acabando por fechar este hiato.
Certamente, existem empreendedores de ambos os sexos,
mas todos eles miram numa mesma figura,
neste perfil de empreendedor ideal:
uma mulher,
a quem todos se esforçam para alcançar,
correspondendo pelo menos alguma parte
de suas infindáveis
habilidades.
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